Chico Anysio foi um dos maiores humoristas da história do país. Com notável dom para a comunicação, começou a atuar como radialista na infância ao lado de outro ícone, Silvio Santos. Na TV, começou na década de 1950, na TV Rio e teve o primeiro programa aos 28 anos, o “Chico Total”.

Nesta quinta (23/3), completam cinco anos da morte do criador de mais de 200 personagens cômicos. Humorista, comentarista, compositor, escritor, pintor, radialista e roteirista, Chico faleceu aos 80 anos por falência múltipla de órgãos. Em sua homenagem, selecionamos 10 personagens marcantes de sua carreira.

Alberto Roberto
O personagem, um ator e apresentador, se considerava um símbolo sexual. Acabava sempre querendo aparecer mais que os convidados do seu programa ou que as estrelas com quem contracenava. A touca de renda, o bigodinho e fala sedutora são inesquecíveis.

Azambuja
Ex-jogador de futebol, Paulo Maurício Azambuja aplicava golpes com o parceiro Linguiça (interpretado pelo grande Wilson Grey). O personagem malandro era conhecido pelo jargão “Tô contigo e não abro”.

Coalhada
Jogador de futebol perna-de-pau, Coalhada precisava sempre se defender de torcedores e comentaristas. Aparecia em cena acompanhado do empresário Bigode.

Jovem
Jovelino Venceslau era um adolescente rebelde que costumava usar muitas gírias em suas conversas. Odiava os cuidados da mãe e vivia muitas confusões ao lado do amigo Cabuça. Também achava que o fato de ser jovem justificava qualquer de suas atitudes.

Justo Veríssimo
Político que odiava a população pobre, gostava de viver na vida mansa por meio do dinheiro público. Era assumidamente corrupto e costumava dizer que “foi pobre, mas honrado nunca!”. Usava o bordão “odeio pobre!”, o que dizia de boca cheia..

Nazareno
Era um personagem machista que não tinha o menor pudor em insultar a esposa Sofia, mulher muito feira. Aio mesmo tempo, se derretia em elogios à empregada bonitona. Popularizou o bordão “Caaa-la-da!”, com o qual silenciava a coitada da esposa.

Painho
Nascido na Bahia, Ruy de Todos os Santos, o Painho, era um pai de santo gay. Medium, vidente e espiritualizado, ele interpretava os búzios e fazia despachos para figuras ilustres. Era conhecido também pelo seu constante cansaço: “Ai, tô morta!”

Pantaleão
Aposentado que passava o dia inteiro em sua cadeira de balanço contando histórias mentirosas. Para não dar margem às dúvidas das pessoas, ao fim da narrativa perguntava à mulher: “É mentira, Terta?”. E ela respondia: “Verdaaade”.

Professor Raimundo
O professor de nível médio mal remunerado é o principal personagem de Chico. Da escolinha comanda por Raimundo surgiram grandes humoristas, como Pedro Bismarck e Tom Cavalcante. Dono dos jargões “e o salário, oh!” e “é vapt-vupt”.